quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

VIDA: A LUZ DOS HOMENS

João 1-4: ...¨Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens ¨
Segundo definição em dicionários: vida,s.f. 1. Atividade inter substancial, por meio da qual atua o ser onde ela existe; estado de atividade imanente dos seres organizados. 2. Duração desse estado; existência. 3. Tempo decorrido entre o nascimento e a morte. 4. Modo de viver. 5. Existência de além-túmulo. 6. Animação em composições literárias ou artísticas. 7. Animação, entusiasmo. 8. Causa, origem.
Não nos faltam explicações poéticas, religiosas, biológicas, filosóficas e materialistas. Mesmo que facetada, todos nós temos uma visão sobre a vida, nem sempre a mesma o tempo todo, por vezes de conceitos até antagônicos. Somos naturalmente incoerentes, culpa da natureza, quando estamos aprendendo a viver já está quase na hora de morrer. Pena que não temos o luxo da eternidade e nem duas vidas ( pelo menos se houvesse deveriam estar interligadas para nos beneficiarmos de todo aprendizado - uma para aprender e outra para viver - livre dos complexos , das angustias, dos desajustamentos ; amar sem preconceitos e não ter medo desta liberdade ). Gostaria de acrescentar mais uma para melhor e consistente reflexão e , o farei por meio de uma história e suas considerações, contadas por Nilton Bonder em seu livro A cabala do dinheiro : ¨Conta-se que um rei mandou chamar um aldeão, que ficou muito assustado com o chamado. Este se preparou com muito temor e partiu em direção ao palácio. Em solidariedade, seus amigos o levaram até os portões do vilarejo, enquanto sua família o acompanhou até a porta do palácio. De lá para adiante, com o aldeão só seguiram seus méritos e sua habilidade de cuidar de si. Na cultura hebraica, para os rabinos esta é uma parábola da vida. Pois, em algum momento seremos chamados ao palácio.Nosso patrimônio material e amigos nos acompanharão até a saída do vilarejo, poderemos desfrutá-los somente até o último suspiro. Nossos familiares e os que nos conheceram nos acompanharão até o sepultamento ( a entrada do palácio ), e mais adiante não poderão nos seguir. ¨
Diante do rei estarão apenas nossos atos, os frutos das nossas escolhas, a maneira que decidimos viver. Cuidado!
Ser bom, é bom para quem ? Quem mais se beneficia com nossas boas atitudes? Ou melhor, a longo prazo, quem mais se prejudica quando tomamos atitudes inadequadas? Devemos ser generosos no julgamento dos fatos e na avaliação das pessoas, as pessoas necessitam ser valorizadas, e, certamente todas as boas ações praticadas serão lá na frente convertidas em benefícios. Ser justo e praticar a verdade irá um dia servir para algo, pois, assim também poderá ser na vida: “ O Rabi Iossef, filho do Rabi Ioshua bem Levi, ficou muito doente e entrou em coma. Após ter-se restabelecido, seu pai lhe perguntou: O que foi que você viu? Respondeu ele, eu vi um mundo todo ao contrário, um mundo turvo e de cabeça para baixo; os mais elevados na terra eram os mais baixos lá, e os mais baixos na terra, eram os mais elevados lá. Meu filho, disse o pai, você não viu um mundo turvo, mas um mundo claro .“ .(Pessachim 50.a)

2 comentários:

  1. Sérgio, a trajetória da nossa vida é formada pelas escolhas que devemos fazer enquanto a vivemos, e não há como viver sem fazer escolhas, estou certa??? O que me vem a mente lendo seu texto, é que podemos unir 2 trechos dele : você diz que quando aprendemos a viver já está na hora de morrer, e que devemos praticar boas ações...acredito então, que mesmo que nós mesmos é que tomamos nossas decisões, e que no final estaremos sozinhos, como o aldeão, as experiências dos que estão próximos de nós,que nos acompanharão até a porta do palácio, principalmente dos que já aprenderam a viver, nos guiará e ajudará a traçar nossos caminhos, as partilhas nos ajudarão a fazer as escolhas adequadas e tomar as atitudes corretas. E assim damos um sentido magnifíco a vida, que é vê-la servindo a outros!!!!!!! Obrigada pela reflexão!

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