sexta-feira, 4 de setembro de 2009

MECANISMOS NATURAIS DE DEFESA

O principal objetivo do órgão é que sua função ofereça boa condição de vida; por isso ele se protege, procura sempre sofrer o mínimo possível e até não sofrer. Dispõem o organismo de mecanismos naturais para suas defesas e atender seus objetivos. Têm eles o início de formação muito cedo e permitem que os transtornos causadores das insatisfações sejam manipulados pela mente através de mecanismos próprios, como o:
A) de deslocamento ou de transferência – se alguém da família mesmo que momentaneamente revela um sentimento ruim sobre a criança, ela produz raiva e não podendo devolver ao próprio adulto transfere ao brinquedo, ao objeto, ao animal de estimação (mais tarde algumas até agridem os pais); quando adultos podemos agredir uma pessoa diferente da causadora da raiva ou chutar a porta,e, por motivos políticos transferimos a nossa raiva descontando em algo ou alguém de representação mais frágil ou de menor posição na escala de hierarquia. B) de negação ou de não reconhecer a sensação – por segurança, a mente não reconhece o sentimento de raiva, da frustração, do sofrimento, da dor, nega a existência delas para não experimentar as suas ações e responder com indiferença . C) de troca ou de substituição – o ser humano por viver numa dinâmica psicossomática, ao recebermos uma notícia que nos deixa ansiosos pode acontecer que o transtorno se manifeste em qualquer órgão (normalmente o mais sensível, que chamamos de órgão de choque), a dor é da angústia mas o sofrimento está no órgão. Surgem as dores de estomago, de cabeça, nos diferentes órgãos, as enxaquecas, as indisposições, tudo aparentemente sem motivos localizados no próprio órgão. D) de projeção ou de responsabilizar os outros – ao experimentamos um sentimento ruim não nos responsabilizamos por este sentimento e culpamos outra pessoa, provavelmente a mais próxima. Exemplo tratar mal alguém, ter uma resposta ruim e afirmar que são elas que não nos trataram bem; não gostar de alguém e dizer que é ela que não gosta da gente. E) de identificação ou de identificar-se com os outros – as pessoas podem se identificar com os padrões de pensamentos dos outros (bons ou maus), porque gostam, admiram, acham interessantes, por comodidade, contudo não se responsabilizam por eles. Considera a mente que esses mecanismos podem ser adaptados. É cobrado dos adultos pensamentos e comportamentos de considerável compreensão, lógicos. Como queremos nos livrar dos sentimentos desagradáveis (aflição, raiva) somos obrigados evidentemente a pensar e agir com mecanismos próprios, mesmo que equivocados, mas segundo a consciência que temos de nós mesmos. Existem outros mecanismos, não menos importantes, devemos ter ciência que eles existem, para que existem e, que se manifestam de maneira diferentes nas diferentes pessoas. Conhecer os nossos será uma vantagem de grande importância.

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