É o estado emocional de desconforto, pela aflição em que uma pessoa se encontra ocasionalmente ou constantemente (característica pessoal), por não conseguir escolher uma entre as opções em que é submetida, ficando em dúvida a qual escolher. É o estado emocional em que uma pessoa se encontra devido á incapacidade de realizar uma escolha, de tomar uma decisão, permanecendo em hesitação, temporária ou permanente.
Normalmente, a indecisão é fundamentada no receio que temos ao fazer uma escolha e depois nos arrependermos por considerarmos que não escolhemos a melhor entre as possibilidades. É da natureza humana, independente do escolhido, de na maioria das vezes nos arrependermos por considerarmos que não fizemos a melhor escolha, e, que deveríamos ter decidido por outra opção, que depois nos parece ser a melhor. Consideramos que não pensamos o suficiente e como conseqüência surge a decepção e o arrependimento.
Viver é administrar, e, administrar é estabelecer prioridades. Todos os nossos gestos e atitudes implicam em decisões, somos obrigados a realizarmos escolhas, desde as mais simples até as mais complexas. Pensar nas possibilidades, na sua aplicação, refletir sobre as conseqüências da decisão a ser tomada (não decidir, adiar ou transferir a decisão, também é decisão), nos aconselharmos com quem tem reconhecida condição de nos auxiliar, pedir ajuda ao Espírito de Deus (o Justificador), são atitudes coerentes que devem anteceder as decisões. Depois de decidido, temos que considerar que no momento foi a melhor decisão tomada; foi aquela em que pudemos escolher e consideramos a mais coerente, naquelas condições. Depois, o cenário é outro. Existe uma significativa tendência de acharmos que independente do caminho escolhido, foi o errado. Só foi possível descobrirmos o equívoco por que o executamos.
Victor Hugo na sua obra “Os Miseráveis” faz referência sobre o “perigo da hesitação prolongada”. Todas as vezes que prolongamos o estar indeciso, entre duas ou mais decisões, corremos o risco de que o “destino” feche repentinamente a porta da aventura. A prudência é necessária, mas, há um tempo útil em sermos prudentes, este tempo varia conforme situação e pessoas envolvidas. Os prudentes em demasia correm maior perigo, de nada conseguirem, do que os audaciosos.
Bertrand Russel, na “Conquista da Felicidade”, diz que “nada é tão fatigante quanto á indecisão”. A sociedade moderna exige que as pessoas tenham uma disciplina mental que caracterize o estilo de vida de cada um, possibilitando nos protegermos da inquietação natural do ser humano (descrita por Confúcio); esta inquietação nos torna muito ansiosos e infelizes, gerando uma fadiga crônica.
Os problemas são ocorrências naturais no cotidiano de cada pessoa. No universo de desejos que caracterizam e se manifestam nas pessoas, queremos em primeiro lugar que não haja problemas nas nossas vidas (algumas pessoas afastam-se sistematicamente dos problemas e outras, inconscientemente, as encontram sem procurar muito). Em segundo lugar, quando o problema ocorrer que a solução se apresente magicamente e rapidamente o problema seja resolvido.
Os homens e algumas mulheres levam para a cama as suas inquietações pessoais ou relacionadas ao trabalho, aguardando o impossível, que possam dormir tranquilamente com eles. É importante lembrarmos que quando temos um problema, só o resolvemos pensando na solução, não no problema. Na cama não é o melhor local para estarmos com o que nos aflige e promove nosso desconforto. Precisamos descansar para o enfrentamento das ocorrências do dia seguinte. Quase sempre os problemas não têm a dimensão que supomos ter, nem são complexos como imaginamos e resolvem-se naturalmente. Outras vezes a solução surge com a tranqüilidade do despertar. Vivemos com os problemas uma relação insana, nos levando à insônia, meditações agitadas e nos tornamos indecisos. Situações que nos enfraquecem. Os motivos que nos fazem sofrer, na maioria das vezes, não procedem, nem justificam tanto sofrimento. Sofremos de graça, sem motivos ou motivos banais.
O que fazer; como fazer; quando fazer? Eis as questões.
No livro “Como superar as dificuldades”, discutimos sobre a importância de termos um padrão de pensamento positivo e como consegui-lo.
Por mais que venhamos estudar e discutir o sofrimento humano, o seu estado emocional depende da sensação do medo e da baixa auto-estima, albergados pelo sentimento sempre presente no nosso dia-a-dia, a ansiedade.
Inegavelmente, o sono é o melhor nutriente para o ser humano. Grande parte da população dorme mal. A ansiedade provocada pela necessidade de estarmos descansados e convenientemente preparados para superarmos as dificuldades, promove uma noite mal dormida e um despertar, ou apenas o sair da cama, nos revelamos com as mesmas inquietações, frágeis física e emocionalmente, nos impedindo de concentração adequada e melhor desempenho nas nossas atribuições.
Temos que decidir, pela lógica. Convencendo-nos que devemos dormir e deixarmos os problemas para o dia seguinte. Do que adianta pensarmos neles neste momento? Não devemos ficar indecisos; temos que decidir racionalmente, com determinação. É difícil este exercício e depende de treinamento. Discutiremos em um capítulo especial. As condições emocionais ordenadas irão melhorar a eficiência na obtenção dos resultados.
A indecisão é fatigante e fértil. O sofrimento só deve existir até o momento da decisão; depois é conseqüência de um processo.
Giacomo Leopardi, em “Pequenas Obras Morais”, faz considerações interessantes sobre homens indecisos. Refere que estes são muitíssimos perseverantes nas suas decisões. Paradoxo? Não. Sofrem tanto para tomarem decisão e se não realizarem logo as decisões tomadas, será preciso tomar outra decisão, expondo-o á novo sofrimento, agora mais intenso. Os indecisos são muito rápidos e eficientes ao colocarem em prática o que decidiram, pois, receiam todo momento, serem induzidos a abandonarem a decisão tomada e voltarem àquela angustiosa hesitação e expectativa. Apressam a decisão e nela aplicam toda a sua energia; mais estimulados pela ansiedade e pela necessidade de triunfarem sobre si próprio, do que pelo objetivo ou superação dos obstáculos que tenham de vencer para alcançá-lo.
Será que vale a pena pensarmos muito na decisão a ser tomada?
Goethe revela que, o pensar muito, nem sempre é garantia da realização de melhor escolha.
Quintiliano faz referência de quem está indeciso em começar é também lento em agir.
Mas, Thomaz Jefferson diz que: “o adiamento é preferível ao erro”. Considero que se errarmos, poderemos corrigir o erro. Qual é a nossa atuação no adiamento? Vamos mudar o que? Corrigir o que? O que é pior?
E Sêneca afirma: “enquanto protelamos, a vida passa por nós a correr”.
William James fala sobre uma condição de vida: “quando precisamos tomar uma decisão e não a tomamos, estamos tomando a decisão de não decidir nada”. “Não existe ser humano mais miserável do que aquele em que a única coisa habitual é a indecisão”.
Não existe regras determinadas no como proceder na escolha certa, diante de duas ou mais opções.
Será que não sabermos o que escolher por não termos informações suficientes, é indecisão ou falta de melhor informação? Dúvida é a mesma coisa do que indecisão?
Dúvida é a incerteza acerca da realidade de um fato ou de uma asserção, ocasionando dificuldade em decidir devido descrença ou suspeita.
Podemos considerar que indecisão é quando achamos muito bem o que queremos, mas, achamos que deveríamos escolher outra opção.
Considerar que: não existe problema sem solução. Não existe solução sem erro. Não existe erro que não pode ser reparado.
E se não conseguir? Comece tudo novamente, buscando outra solução. Mas, se não tiver jeito nenhum? É só ligar o botão mágico e gritar bem alto após profunda inspiração, com a força total dos pulmões, de” boca cheia”, de dentro para fora, com clareza para todos ouvirem: FODA-SE!
É complicado querermos a perfeição no comportamento de uma pessoa, no meio de pessoas naturalmente IMPERFEITAS e de um mundo INJUSTO (onde mesmo assim, VALE O VIVER).
sexta-feira, 26 de março de 2010
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Cara e querida Marcia
ResponderExcluirboa viagem
aguardo retorno
gostei da matéria.. parabéns...!
ResponderExcluirMuito bom!!!
ResponderExcluirAdorei!
Me ajudou bastante, obrigada!