sábado, 31 de julho de 2010

A busca da maturidade emocional

Também conhecida como Inteligência Emocional
Podemos considerar a existência de dois tipos de inteligência: a racional e a emocional.
A primeira é medida pelo Q.I.(Quociente de Inteligência). Relaciona-se com a capacidade de “aprendizado” e de armazenamento de “conhecimento”. Sugere-se que as pessoas com alto QI podem ser capazes de realizarem grandes coisas (não necessariamente boas). A inteligência emocional relaciona-se com a capacidade de “compreender” as coisas e as pessoas, e, ao fazer bom uso desta compreensão, consegue realizar “boas coisas”, sendo esta mais necessária e interessante.
O sucesso acadêmico, financeiro, profissional depende muito mais da I.E.
A busca da maturidade emocional, como tudo na vida é um processo, é gradativa e deve ser contínua. Permite-nos identificarmos as emoções envolvidas, as nossas e das pessoas com quem nos relacionamos (pois o homem é um ser em relação e dependente delas), e, administrá-las da melhor maneira possível, proporcionando um melhor resultado. A sua conquista permite, e, é o que devemos buscar: - entender a situação à luz da realidade. Procurando administramos os temores e dificuldades naturais que sempre nos causam transtornos; como os medos, as fantasias criadas no imaginário das pessoas, as frustrações, os pré-conceitos estabelecidos sobre as pessoas e os fatos, as inquietações e desconfortos provocados pelo sentimento de raiva e ciúmes; etc. Poucas pessoas conseguem porque não é fácil, mas, é libertador. – sermos livres para realizarmos nossas escolhas. E respondermos, responsavelmente, por nossas decisões e conseqüências. Não podemos transferir aos outros, o que nos compete realizar, e, nem “arrumarmos” desculpas quando fracassarmos e sim nos corrigirmos, nos prepararmos convenientemente. “O homem nasceu para ser livre, destinado a vencer. A liberdade implica em responsabilidade”. – agir sempre com o máximo de isenção, utilizando a razão, o bom senso, escolhendo as estratégias que mais se aplicam na circunstância. – aceitar de forma espontânea os outros, entendendo os limites e facilitando que o outro desenvolva as suas possibilidades. - desenvolver: o bom humor, o autoconhecimento, a independência, a generosidade, o cooperativismo, a maior tolerância e aprendemos a lidarmos melhor com as críticas (ninguém gosta da crítica), a capacidade em sermos pró-ativos e mantermos uma atitude de vencedor. A criatividade, assunto do próximo artigo é um grande facilitador
O desejo do aprendizado e do aperfeiçoamento da competência em lidarmos com as nossas emoções, e com a rede de relações que estabelecemos na vida (pessoas e o mundo) implica numa necessidade de transformação e aplicação. Como o homem é um projeto, e este nunca estará pronto, é um aprendizado constante. Pablo Neruda afirmava que nunca seremos os mesmos de outrora. Hoje somos um pouco melhor do que ontem, e, um pouquinho pior do que poderemos ser amanhã.
A vida pode ser considerada para a maioria das pessoas como o exercício da ilusão e da vaidade! Inconscientemente ou não.
A maturidade emocional, considerada como importante conquista na perfeição pessoal, é uma busca e não um destino. Não é um fim em si mesmo; mas, devemos construir um conjunto de meios para estarmos sempre no caminho de quem busca o aperfeiçoamento em ser uma pessoa que possa: - ter um olhar com menos ilusão e vaidade; - aceitar a vida com menos sofrimento; - compreender uma situação com mais tranqüilidade; - ser menos inquieta e ansiosa; - mais determinada e realizadora; - preocupada mais com os outros do que consigo mesmo. Onde a realização em benefício do coletivo é mais importante do que a individual (este é um significativo sinal de maturidade); - que consegue ver o lado bom, principalmente em tudo que parecia ser só ruim no primeiro momento.
A Inteligência Emocional possibilita a pessoa: - ser líder e não chefe; - entender a importância e a valorização da humildade, pois, reconhecer o valor dos outro sempre será compensador; - administrar melhor as finanças; - selecionar os sonhos; os possíveis de serem realizados e os efetivamente necessários; - sentir prazer numa vida simples, consistente, contemplando o essencial e não o supérfluo; - na vida familiar, um ser o facilitador na vida do outro, buscando realizarem o cumprimento das metas determinadas e as necessidades pessoais; - aprender com as experiências, produzindo sabedoria para novos enfrentamentos; - a existência de um diálogo produtivo e elegante; - as pessoas reconhecerem que são as únicas responsáveis por suas alegrias e frustrações, e, em que circunstâncias aconteceram (existem coisas que irão ocorrer independente de nossa vontade e ações) para a pratica consciente ou correção; - aprender a administrar as dificuldades e escolher o remédio mais adequado para a solução, ou para suportar a aflição com determinação e dignidade; -sentir prazer em colaborar para o sucesso e bem estar do outro.
Reflexões:
“não existe verdadeira inteligência sem bondade”: Ludwig van Beethoven. “a estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista; a inteligência coloca-se na retaguarda para ver”: Bertrand Russel. “o homem chega á maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade que uma criança encara a brincadeira”: Nietzsch. “qualquer um pode zangar-se – isso é fácil. Mas, zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e de maneira certa – não é fácil”: Aristóteles. Textos judaicos: “o topo da inteligência é alcançar a humildade”. “O bom senso pode ser considerado uma dádiva, mas a inteligência é uma conquista”. “o ignorante afirma, o sábio dúvida, o sensato reflete”: Aristóteles. “a vida é um grande espetáculo. Só não consegue homenageá-la quem nunca penetrou dentro do seu próprio ser e perceber como é fantástica a construção de sua inteligência”: Augusto Cury

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