É a atitude praticada pelo generoso, que quer dizer: pessoa dotada de caráter e sentimentos nobres, altruísticos; aquele que tem grandeza de alma. O generoso, normalmente, é liberal, franco e benevolente. A generosidade é a característica dos grandiosos, dos necessários para a sociedade e dos sublimes. O generoso é pessoa bem resolvida. Terra generosa, é sinônimo de terra fértil gerando abundância.
A palavra generosidade é derivada do vocábulo latino “generositate” que significa “boa qualidade, bondade” relacionados à raça. Generoso deriva do vocábulo latino “generosu” que significa “de boa raça e nobre”.
Experimentos realizados na Universidade de Jerusalém evidenciam que a generosidade é uma questão genética. As diferenças do comportamento altruísta das pessoas estão relacionadas às diferenças no DNA, que influenciam as maneiras de nos comportarmos, o que nos leva entender que para mudarmos o nosso comportamento devemos nos empenhar com vontade e determinação.
A generosidade é uma virtude dadivosa, se relaciona à riqueza de uma pessoa (não simplesmente a financeira). É oferecer o que temos e o que é possível às pessoas que necessitam; sempre com doses adequadas e suficientes; portanto, esmola não representa ato generoso, é atender, as vezes inadequadamente, parte de uma necessidade momentânea, até para nos livrarmos do pedinte(é um custo pequeno por um benefício tão grande).
Generosidade é diferente de justiça, que é dar a alguém o que efetivamente lhe pertence. A justiça depende apenas da reflexão consciente, enquanto que a generosidade depende do coração e do temperamento das pessoas, é ofertar a uma pessoa o que ela necessita, independente de merecimento e propriedade.
Temos três estados naturais entre as pessoas no que se refere à capacidade em dar e receber. A esbanjadora, a avarenta e a generosa. Qual a situação ideal? O nosso desafio deve ser a busca do equilíbrio entre elas. In médium virtus, a virtude está no meio. Os extremos são deficiências que caracterizam vícios de comportamento. Aristóteles sempre se referia na importância da pratica do meio termo em nossas vidas, gerando o equilíbrio e obtendo as virtudes.
A pessoa avara é a receptora universal; gosta muito de receber e nada em ofertar; e,no processo de envelhecimento esta é uma característica deletéria em função dos prejuízos que ocasionam. A pessoa esbanjadora, à medida que vai empobrecendo, se não perceber a importância da aproximação do meio termo, aceitando e se adaptando à nova situação, terá também grandes sofrimentos. O esbanjador tem mais facilidade em se tornar uma pessoa generosa. A essência da vida não acontece nos extremos, flui entre eles.
A pessoa generosa sente muito prazer em oferecer o necessário às pessoas certas, no momento exato e na dose adequada. Os benefícios neuro-psico-imunológicos são mais acentuados aos que oferecem. A ciência não tem mais nenhuma dúvida com relação às transformações humorais que se realizam no nosso organismo para a obtenção de melhor qualidade de vida e realizações. Os generosos são atendidos com as generosidades do universo. O generoso não é refém dos seus sentimentos e nem de si próprio, ele transcende para se realizar no outro. A pessoa de bem age em defesa dos outros e não egoisticamente para atender apenas seus interesses e necessidades. O esbanjador como o avaro são egoístas, só que o avaro será o tempo todo. O generoso é aquele que sente prazer em renunciar em benefício de alguém. Interessante! Esta virtude que confere o “bem” para seu semelhante confere o “belo”, além do “bem”, para quem oferta. O ato em ser generoso reserva para quem o pratica, o melhor dos tesouros: o da alma, o da verdade e o da sabedoria, permitindo viver em harmonia com suas dimensões bio-psico-sócio-existenciais. Como dizem: Vinicius de Moraes -“a vida só se dá para quem já se deu”, e, São Francisco de Assis- “é dando que se recebe”.
Em diferentes fases e momentos das nossas vidas existe um vazio a ser preenchido, e como procedemos? - nos enganando: comprando e consumindo além das necessidades; - acumulando: querendo guardar e assegurar tudo e todos; - nos drogando: com drogas socialmente aceitas ou ilícitas; - procurando pertencer à alguma coisa: religião, igreja, time de futebol, torcida uniformizada; - ............... ou - sendo generosos.
Segundo a filosofia budista existem quatro formas de generosidade: - partilhar os ensinamentos que geram paz interior de forma adequada à mente e à cultura das pessoas, sem esperar pagamento ou recompensa; - oferecer coisas materiais, como nosso corpo e nossos recursos; - oferecer proteção, consolo e coragem; - oferecer amor, o nosso tempo, apoio emocional, bons desejos.
Toda vez que procuramos animar uma pessoa quem mais se entusiasma somos nós mesmos. Aqueles que passaram a vida ajuntando, tomando, procurando apenas receber, no final perdem tudo. Platão faz referência de quem começa a repartir depressa começa a receber. Diz: ”procurando o bem dos nossos semelhantes encontramos o nosso”. Victor Hugo: “o espírito se enriquece com aquilo que recebe. O coração, com aquilo que dá”. Schweitzer: “eu não sei qual será o seu destino, mas, uma coisa eu sei: os únicos entre vós que serão realmente felizes são aqueles que procuraram e encontraram como servir”. Khalil Gibran: “generosidade é dar mais do que você pode, orgulho é pegar menos do que precisa”. Voltaire: “o maior prazer que alguém pode sentir é o de causar prazer para os seus amigos”. Leon Tolstoi: “não há senão um modo de sermos felizes: viver para os outros”. Dalai Lama: “para cultivar estados mentais positivos, a generosidade e a compaixão, decididamente conduzem melhor para obtenção da saúde mental e a felicidade”. Jesus Cristo: “eu vim ao mundo para servir e não para ser servido“.
sábado, 9 de janeiro de 2010
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Lindo!
ResponderExcluirNamastê!
Kareemi (generosidade)