Definição: é tudo que se opõe a alguma coisa; embaraço; estorvo; impedimento; barreira. Dificuldades.
Considerações: independente das múltiplas considerações que fazemos em função dos obstáculos existentes, muitos surgem naturalmente no processo da vida; mas, indevidamente, procuramos a ocorrência de outros ou estabelecemos para nós mesmos, de forma consciente ou não. Contudo, deve existir um entendimento próprio influenciado pela religião (vontade de Deus), pela cultura (os obstáculos existem para que as pedras brutas sejam lapidadas), pela racionalização ( a vida é fácil, nós é que complicamos), pela lógica simples (são as dificuldades que tornam a vida mais interessante, sem elas não haveria graça). O que os obstáculos representam para você?
Refletindo com: -Augusto Cury: “construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta e disse: não tenho medo de vivê-la”. – Frank Clark: “se você encontrar um caminho sem obstáculos, ele provavelmente não leve a lugar nenhum”. – Albert Einstein: “dificuldades e obstáculos são fontes valiosas de saúde e força para qualquer sociedade”. - Herculano: “é erro vulgar confundir o desejar com o querer. O desejo mede os obstáculos; a vontade em querer, vence-os”. – Lao Tsé: “... o rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos...”. – Willian Shakespeare: “a paixão aumenta em função dos obstáculos que se lhe opõe”. – Fernando Pessoa: “pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo”. – Antoine Saint-Exupéry: “o ser humano descobre-se a si mesmo quando se defronta com os obstáculos”. – Texto judaico: “poucos obstáculos resistem ao homem que sabe se dominar”.
Conclusão: Os obstáculos existem para serem superados e não para serem contemplados. Diante deles temos duas alternativas, sentarmos e nos lamentarmos (assim fazem os pessimistas) ou arregaçarmos as mangas, nos vestirmos de coragem e irmos á luta (como os otimistas). Vencer o dragão da dificuldade, com armas simples, como o poder da vontade é o nosso desafio diário. Como os obstáculos fazem parte da vida, viver bem é a arte de superá-los. Nunca devemos desistir daquilo que temos consciência que queremos e nos será produtivo, mesmo diante de tantas dificuldades. Quando diante de algum impedimento, nós tropeçarmos e nos sentirmos enfraquecidos, podemos clamar á Deus que nos proverá com as condições necessárias para o entendimento, o enfrentamento e a vitória. Nosso caminho nós fazemos caminhando. É bom quando olhamos à frente e vemos as dificuldades que precisamos vencer (a maioria até previstas), e, olhando para traz vemos todos os obstáculos que foram por nós derrubados. As palavras de Augusto Cury nos permitem pensarmos e agirmos com determinação no que se refere aos obstáculos, “ ... bati na porta e disse: não tenho medo de vivê-los”, que venham portanto. No momento das minhas dificuldades lembro sempre do Salmo 23, tem sido um “remédio” sempre eficaz.
Obstáculos mais comuns e sugestões (para soluções):
Os obstáculos estão intimamente ligados ao medo (múltiplas situações) e a baixa auto-estima (em função do pouco conhecimento que temos de nós mesmos). – medo de ficar só (conhecer a si mesmo e aprender a gostar mais da própria companhia). – medo de não conseguir realizar, de fracassar (entender o processo, pedir ajuda, convencer-se da vitória e não desistir da luta). – medo da avaliação e julgamento das pessoas (o que os outros pensam de mim é problema dos outros; atribuí-se a Einstein esse entendimento. O que deve contar sempre é o que pensamos de nós mesmos, conscientemente, com humildade e lucidez). – medo de ser rejeitado, de ser abandonado (como nem todos nos agradam, é impossível agradarmos a todos. O respeito que devemos ter por nós mesmos é fundamental para mantermos uma boa auto-estima). Normalmente confundimos solidão com abandono. – medo da derrota, de fracassar (tira a vontade de ganhar. Não conheço nenhuma pessoa que seja perfeita e que nunca tenha fracassado. O fracasso maior está em não tentar, em desistir). – medo de não ter saúde para poder trabalhar e ter dinheiro suficiente para pagar as contas (esse é universal, quem souber a solução ficará milionário. O ideal é manter a saúde física e emocional; ser eficiente no trabalho, constituir apenas as despesas que caibam no bolso, ter um sentimento previdenciário e seguro saúde, e, oração). O lado bom é poder caracterizar a falta de lógica na existência da arrogância (típico daqueles que sabem das suas frágeis condições e significativas limitações, e, não querem que os outros as conheçam). Aqueles que dominam a si mesmos, sentem-se fortes e não arrogantes. – medo de envelhecer (é um processo natural para aqueles que se mantiveram vivos até esta fase. Mais do que contarmos as perdas, o ideal é descobrirmos as vantagens). – medo das escolhas erradas e inclusive de nos acharem ridículos (na arte de viver é preciso termos conhecimento dos fatos e do processo, ou, ignorância total; e, bom senso para errarmos menos. O erro pode ser corrigido e a existência da dúvida é importante na busca da melhor escolha ou para diminuirmos as possibilidades e ocorrências de erros sucessivos. Rir de si mesmo é a melhor estratégia). – medo da própria morte e/ou das pessoas próximas (parece não estarmos nunca preparados para a sua aceitação, a não ser em casos de doenças crônicas e que impõe grande sofrimento, onde a morte significa libertação; devemos entender que a morte é um fenômeno natural. Mesmo sabendo da sua existência e levarmos um tipo de vida a deixarmos menos complicações para os outros, não é saudável pensarmos nisto a todo momento). Para que orgulho se o futuro é a morte? – medo da dor, física e emocional (devemos ter a noção clara da dor sem benefícios, que deve ser suprimida de imediato; e, da dor que ajuda no crescimento, pois, as pessoas só elaboram com o sofrimento, esta precisa ser valorizada e gerar transformações que nos possibilitam aprendizados). – quem tem medo da liberdade e da verdade? (objeto de estudos pelos cientistas do comportamento em diferentes épocas e culturas, pois, nos obrigam sermos responsáveis). – medo de mudanças (a vida é um processo, que transforma indivíduos em pessoas. O digno de ser na vida é “ser pessoa”, o que implica em transformações significativas. Pablo Neruda sempre fazia referência em que não podemos ser e não somos sempre os mesmos. Independente da vontade de cada um, as transformações irão acontecer. Algumas pessoas resistirão e outras viverão os sentimentos que ocasionam essas transformações. É justamente na ação dessas transformações que a vida acontece. Quem resiste apenas existe.
No decorrer da vida surgirão incontáveis obstáculos, somos por excelência dependente das condições em que vivemos (culturais, sociais, políticas, religiosas, econômicas). O sucesso no enfrentamento das dificuldades depende da participação positiva (pró-ativa), de cada um, uma vez que não podemos controlar as pessoas e as circunstâncias. Não podemos desviar de todas as barreiras, algumas deverão ser transpostas. Que estratégias usar? Estudos sobre o comportamento humano revelam que a busca pelo autoconhecimento (potencialidades e limitações) é a melhor maneira de saber como poderemos reagir diante dos estorvos que a vida nos oferece gratuitamente, outros criados como conseqüência da nossa maneira de pensar, agir e sentir as coisas.
Em tudo podemos ser vencedores, se acreditarmos no milagre da criação (temos em de nós os meios necessários para vivermos bem) e no poder DAQUELE que nos conforta.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
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É um ótimo texto para refletir sobre algo que as vezes não entendemos.Nós temos que aprender com as pequenas coisas e temos que aprender a valorizá-las.
ResponderExcluirQUANDO NOS DEPARAMOS COM CERTAS DIFICULDADES ANTES NUNCA VIVENCIADAS, PENSAMOS QUE NÃO VAMOS SUPERÁ-LAS, O MEDO NOS ATINGE DE TAL FORMA QUE CHEGAMOS ATÉ DUVIDARMOS DA NOSSA CAPACIDADE,SÓ QUANDO VENCERMOS CONSEGUIREMOS VER, QUE SOMOS MUITO MAIS FORTES DO QUE IMAGINÁVAMOS SER.
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